A Dra. Nicoli Serquiz, membro da comissão de especialidade de mastologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do RN (SOGORN), concedeu uma entrevista à Tribuna do Norte sobre a recente mobilização de entidades médicas para ampliar a faixa etária do rastreamento do câncer de mama. Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica a mamografia apenas para mulheres entre 50 e 69 anos, enquanto especialistas defendem que o exame seja iniciado aos 40 anos, como já ocorre em outros países.
O que disse a Dra. Nicoli Serquiz?
Em sua entrevista, Dra. Nicoli criticou a manutenção do protocolo atual e destacou que o Brasil está indo na contramão das evidências científicas:
“Nos Estados Unidos, essa recomendação foi alterada em 2023 para iniciar o rastreio a partir dos 40 anos. No Brasil, estamos indo na contramão disso.”
Ela reforçou que essa ampliação já é recomendada em diretrizes médicas publicadas em 2012, 2017 e 2023. Além disso, apontou a necessidade de políticas públicas que garantam não apenas a mamografia, mas também exames complementares essenciais para um diagnóstico mais preciso e um tratamento eficaz.
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